A Greenvolt obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido atribuível aos seus acionistas de 5,9 milhões de euros, com uma queda de 64,7% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a empresa de energias renováveis em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O resultado líquido consolidado de janeiro a setembro, incluindo interesses minoritários, cifrou-se em 3,2 milhões de euros, caindo 86,9% em termos homólogos.
As receitas totais do grupo cresceram 45,9%, para 267,9 milhões de euros, mas o aumento dos custos foi ainda mais expressivo, subindo 83,5%, para 191,1 milhões de euros.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) teve um recuo de 3,3%, para 76,9 milhões de euros.
Nas suas contas a Greenvolt registou ainda um aumento das depreciações e amortizações e um pior resultado financeiro (devido a um aumento da dívida da empresa e um agravamento dos juros), o que acabou por penalizar a evolução do resultado líquido este ano.
No plano operacional, a empresa nota que “o forte crescimento” da produção de energia solar em larca escala e do segmento de geração distribuída mais do que compensou a perda de receita na divisão da biomassa (a área que esteve na génese da criação da Greenvolt, a partir do antigo negócio de biomassa que estava no grupo Altri). Para a queda das receitas na biomassa contribuiu uma paragem programada de uma central que a Greenvolt tem no Reino Unido.
“Tendo por base uma sólida situação financeira e as perspectivas favoráveis de todos os negócios neste trimestre, acreditamos que estão criadas as condições para um crescimento e rentabilidade sustentados”, comentou o presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, no comunicado dos resultados dos primeiros nove meses do ano.
No desenvolvimento de projetos de energia eólica e solar a Greenvolt tem atualmente uma carteira de 7,7 gigawatts (GW) em 15 países, dos quais cerca de 1,3 GW prontos para serem construídos, valor que compara com 0,8 GW em junho. O crescimento resulta sobretudo da evolução favorável no desenvolvimento de dois projetos na Polónia.
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