Energia

Gás russo representou 8,4% de todo o gás natural que Portugal recebeu em Sines nos primeiros nove meses do ano

Gás russo representou 8,4% de todo o gás natural que Portugal recebeu em Sines nos primeiros nove meses do ano
D.R.

Até ao final de setembro 8,4% do gás natural que chegou ao terminal de Sines era russo, vindo de três navios metaneiros que descarregaram em fevereiro, abril e agosto. A Rússia ficou em terceiro lugar nos países de origem do gás

O terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines recebeu três navios provenientes da Rússia até setembro, correspondendo a 8,4% do total de gás natural recebido naquela infraestrutura, face a 7% no mesmo período de 2022, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo regulador da energia.

De acordo com o Boletim da Utilização das Infraestruturas de Gás relativo ao terceiro trimestre deste ano, publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), até ao final de setembro, no terminal de GNL de Sines - principal infraestrutura de entrada de gás natural no sistema nacional - o gás russo representou 8,4% do total recebido, resultado de três navios metaneiros que descarregaram em fevereiro, abril e agosto.

Naquele período, a Rússia ficou em terceiro lugar nos países de origem do gás natural recebido em Sines, atrás dos Estados Unidos da América (44,4% do total) e da Nigéria (44%), e apenas à frente de Trinidad e Tobago (3,2%).

No mesmo período de 2022, ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia e começou a ser alvo de sanções da União Europeia, que prometeu cortar drasticamente as importações de gás de Moscovo, as importações russas representaram 7% do total recebido em Sines, também resultado de três navios recebidos (março, abril e agosto).

Entre janeiro e setembro do ano passado, a Nigéria tinha sido o principal país de origem com 52% do total importado, seguida dos Estados Unidos da América (30%).

Relativamente ao armazenamento de gás, o stock nas cavernas subterrâneas situadas na região de Leiria, em 30 de setembro, era de 98% da capacidade comercial firme disponível, o que equivale a 26 dias de consumo médio nacional e supera a meta estabelecida pela Comissão Europeia no REPowerEU, para que cada país tenha, no mínimo, 90% de reservas de gás em instalações subterrâneas a 1 de novembro de 2023 e nos anos seguintes.

Até ao final de setembro, o consumo acumulado de gás em Portugal foi de 38 terawatts hora (TWh), menos 19,6% do que no mesmo período do ano anterior, uma diminuição especialmente marcante no mercado elétrico.

Naquele período, o saldo exportador foi de 3270 gigawatts hora (GWh), tendo sido fornecido a partir do Terminal de GNL de Sines.

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