Energia

Leilão eólico 'offshore' em Portugal atrai 50 empresas

Windfloat Atlantic está operacional desde 2020, ao largo de Viana do Castelo.
Windfloat Atlantic está operacional desde 2020, ao largo de Viana do Castelo.
D.R.

O primeiro leilão para projetos de energia eólica no mar em Portugal teve o interesse formal de meia centena de entidades, que o Governo irá ouvir em janeiro, sendo ainda incerto se a licitação poderá acontecer antes das eleições de março

Leilão eólico 'offshore' em Portugal atrai 50 empresas

Miguel Prado

Editor de Economia

O período de manifestação de interesse para o primeiro leilão para energia eólica offshore em Portugal atraiu o interesse de meia centena de empresas, revelou esta quarta-feira o Ministério do Ambiente. Essas entidades serão agora convidadas a participar numa fase de diálogo com o Governo, a realizar em janeiro.

“Esta expressiva participação confirma o elevado interesse e atratividade que o mercado eólico offshore português apresenta no panorama internacional”, sublinha o Ministério do Ambiente em comunicado.

A lista das empresas interessadas foi publicada pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), pode ser consultada aqui, e inclui a Ocean Winds (aliança entre EDP Renováveis e Engie), Galp (juntamente com a francesa TotalEnergies), Greenvolt, as espanholas Repsol, Iberdrola e Capital Energy, a norueguesa Equinor, a dinamarquesa Copenhagen Infrastructure Partners, as alemãs RWE e BayWa, entre outras.

Finerge, Mota-Engil, DST, Akuo Renováveis, Marubeni, Acciona e Madoqua são outras das empresas que informaram a DGEG que tinham interesse em acompanhar este procedimento (a manifestação de interesse não as obriga a futuramente participar no leilão).

Várias das empresas e consórcios que manifestaram formalmente interesse junto da DGEG já haviam sinalizado a intenção de estudar o leilão, mas a lista divulgada inclui também um conjunto alargado de interessados que ainda não se tinham pronunciado publicamente sobre este procedimento.

O Governo agendou para janeiro a etapa de diálogo com as empresas, uma etapa prévia à concretização do leilão propriamente dito, que servirá para o Executivo conhecer as intenções concretas de cada grupo e só depois desenhar os termos concretos do leilão.

Contudo, a convocação de eleições antecipadas e o facto de o Governo entrar em gestão poderão inviabilizar a efetiva realização do leilão. O ministro do Ambiente já indicou na passada segunda-feira, no Parlamento, que o leilão avançará para já (em 2024) só com a atribuição de áreas de exploração no mar, sem conceder uma remuneração garantida aos projetos.

É ainda uma incógnita o que o Governo irá fazer depois de auscultar esta meia centena de empresas, durante o mês de janeiro.

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