A espanhola Iberdrola, um dos maiores produtores e comercializadores de eletricidade na Península Ibérica, fechou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido de 3637 milhões de euros, mais 17% do que o lucro de igual período do ano passado.
Apesar de as receitas líquidas terem recuado 1,9%, para 37,2 mil milhões de euros, a margem bruta da Iberdrola até setembro cresceu 17,4%, para 17,2 mil milhões de euros, e o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) avançou 13,2%, para 10,8 mil milhões de euros.
A Iberdrola atribui a melhoria do EBITDA à recuperação dos volumes de produção de eletricidade e à “eficiência operacional”.
Nos primeiros nove meses do ano o investimento global da Iberdrola ascendeu a 10,8 mil milhões de euros. A dívida líquida do grupo espanhol aumentou 8,3%, para 47,9 mil milhões de euros, o que a Iberdrola atribui aos elevados investimentos realizados este ano e à evolução das taxas de câmbio.
Em Portugal a Iberdrola reporta que a conclusão do investimento no complexo hídrico do Tâmega está a avançar conforme previsto.
Deste projeto o grupo já tem 998 megawatts (MW) operacionais, relativos aos aproveitamentos hidroelétricos de Gouvães e Daivões. A barragem do Alto Tâmega, com outros 160 MW, deverá encher o seu reservatório neste último trimestre do ano, e poderá ligar-se à rede elétrica no primeiro trimestre de 2024.
Além da aposta hídrica, a Iberdrola também tem investido em Portugal na energia solar, com uma capacidade instalada de 131 MW, e vários projetos em fase final de construção.
A estes investimentos soma-se a presença no setor eólico, com 92 MW de capacidade eólica já operacional em Portugal.
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