Energia

Produção de eletricidade da EDP até setembro cai 11%

Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
NUNO VEIGA

A EDP registou nos primeiros nove meses do ano uma queda de 11% da produção de eletricidade, penalizada pelas centrais alimentadas a gás natural e a carvão. O negócio de distribuição e comercialização também recuou

Produção de eletricidade da EDP até setembro cai 11%

Miguel Prado

Editor de Economia

O volume de eletricidade produzida pela EDP nos primeiros nove meses do ano baixou 11% face ao ano passado, para 40,2 terawatt hora (TWh), com a geração no terceiro trimestre a apresentar uma queda ainda mais acentuada, de 19%.

Em comunicado ao mercado esta terça-feira, para apresentar o seu desempenho operacional até setembro, a EDP reportou uma ligeira descida de 1% da produção eólica, enquanto a produção hídrica cresceu 16% e a solar subiu 101%. No entanto, a produção a carvão afundou-se 58% e a das centrais alimentadas a gás natural também caiu 51%.

A redução global da produção (penalizada pelas centrais termoelétricas) aconteceu apesar de a potência instalada do grupo até ter crescido 3%, para 24,48 gigawatts (GW), por via da aposta em fontes renováveis.

No negócio de distribuição de eletricidade a EDP registou até setembro uma descida homóloga de 1% na Península Ibérica, com a distribuição em Portugal a crescer 0,4% e Espanha a cair 6%. Já no Brasil a eletricidade distribuída teve um avanço de 2% face aos primeiros nove meses de 2022.

Quanto à operação de comercialização, o volume de eletricidade vendida na Península Ibérica de janeiro a setembro baixou 10% em termos homólogos, caindo 21% em Espanha e apresentando em Portugal comportamentos distintos: no mercado liberalizado (EDP Comercial) caiu 5%, enquanto no regulado (SU Eletricidade, também do grupo EDP) cresceu 10%.

A comercialização de gás natural na Península Ibérica teve igualmente sinal negativo, com uma queda de 31% em termos homólogos. Em Espanha o negócio caiu 28%, e em Portugal baixou 42% no mercado liberalizado, crescendo 135% no regulado (com menor expressão no grupo).

A EDP apresentará ao mercado os resultados completos dos primeiros nove meses do ano a 2 de novembro.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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