Energia

EDP e Engie vendem parte da sua posição em parque eólico 'offshore' na Escócia

Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
NUNO VEIGA

A Ocean Winds, detida em partes iguais pela EDP e Engie, acordou vender uma parte da sua participação no parque eólico Moray East, ao largo da Escócia, à Equitix, que ficará com 16,6% do empreendimento de 950 megawatts

EDP e Engie vendem parte da sua posição em parque eólico 'offshore' na Escócia

Miguel Prado

Editor de Economia

A Ocean Winds, empresa detida conjuntamente pela EDP Renováveis e Engie, acordou vender 16,6% do parque eólico offshore Moray East, ao largo da Escócia, a um conjunto de fundos geridos pela Equitix Infrastructure Investment.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informa esta segunda-feira que a participação da Ocean Winds no empreendimento irá reduzir-se de 56,6% para 40%. Além da Equitix (16,6%), permanecerão na estrutura acionista a Diamond Green Limited (33,4%) e a China Three Gorges (10%).

O parque eólico Moray East é o maior em funcionamento na Escócia, com uma capacidade de 950 megawatts (MW), distribuídos por 100 aerogeradores de 9,5 MW cada.

Ligado à rede desde o final de 2021, este empreendimento resulta da atribuição de direitos sobre o fundo marinho à EDP Renováveis em 2010, tendo em 2017 assegurado um contrato por diferenças (CfD na sigla em inglês) garantindo uma remuneração de 74,49 libras por megawatt hora (MWh), o equivalente a quase 86 euros ao câmbio atual.

Segundo a EDP, o contrato de venda à Equitix avalia o parque eólico Moray East num múltiplo de 3,6 milhões de euros por MW.

No seu comunicado à CMVM, a empresa portuguesa nota ainda que “os investimentos em offshore para 2023-2026 serão focados principalmente na Europa, com receitas de longo-prazo asseguradas e indexadas à inflação, capex [investimento] contratado e financiamento a taxas fixas de longo-prazo com maturidade da dívida entre 15 e 18 anos”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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