Energia

Galp avança com investimento de €650 milhões em Sines em hidrogénio verde e biocombustíveis avançados

Refinaria da Galp em Sines.
Refinaria da Galp em Sines.
D.R.

Depois de ter recebido “luz verde” da Agência Portuguesa do Ambiente, a Galp decidiu avançar com os projetos de hidrogénio verde e biocombustíveis avançados em Sines, com um investimento de 650 milhões de euros

Galp avança com investimento de €650 milhões em Sines em hidrogénio verde e biocombustíveis avançados

Miguel Prado

Editor de Economia

A Galp tomou a decisão final de investimento para os projetos de descarbonização que estava a equacionar para Sines, decidindo mesmo avançar com os projetos, que deverão implicar um investimento de cerca de 650 milhões de euros, para a produção de hidrogénio verde e biocombustíveis avançados, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A unidade de biocombustíveis avançados, que também produzirá combustível sustentável para a aviação (SAF, na sigla em inglês), terá uma capacidade de 270 mil toneladas por ano, e será desenvolvida em parceria com a japonesa Mitsui.

Por seu turno, no hidrogénio verde a Galp avançará para já com uma unidade com 100 megawatts (MW) de potência de eletrólise, que permitirá substituir cerca de 20% do atual consumo de hidrogénio cinzento (a partir do gás natural) na refinaria de Sines. Neste projeto a Galp contará com equipamentos da empresa Plug Power, e a construção do projeto estará a cargo da Technip Energies.

Ambos os projetos (biocombustíveis e hidrogénio verde) deverão estar operacionais em 2025, segundo o comunicado da Galp à CMVM. No caso dos biocombustíveis o investimento ronda 400 milhões de euros e no do hidrogénio verde será de 250 milhões de euros.

Recorde-se que nos últimos meses os dois projetos receberam declarações de impacto ambiental (DIA) favoráveis por parte da Agência Portuguesa do Ambiente.

A presidente (não executiva) da Galp, Paula Amorim, comentou, no mesmo comunicado, que “este é um contributo significativo para a transformação e crescimento do setor industrial em Portugal, colocando a Galp na dianteira no desenvolvimento de soluções de baixo carbono necessárias para a transição energética”.

Mas a empresária também deixou um reparo. “Estas decisões de investimento foram feitas com a expectativa de que os desenvolvimentos fiscais e regulatórios em Portugal não irão impedir o sucesso destes projetos de larga escala, assegurando que as nossas operações industriais continuarão a ser competitivas a longo prazo num mercado global”, notou Paula Amorim.

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