Energia

EDP Renováveis assegura contratos para dois novos parques eólicos na Escócia

Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.
Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.
Nuno Botelho

No leilão de renováveis desta sexta-feira no Reino Unido, dominado pela energia solar e eólica em terra, e pela ausência de projetos para eólicas no mar, a EDP conquistou contratos de preço garantido para dois parques eólicos na Escócia com uma capacidade de 56 megawatts

EDP Renováveis assegura contratos para dois novos parques eólicos na Escócia

Miguel Prado

Editor de Economia

A EDP Renováveis foi um dos vencedores do leilão de energias renováveis desta sexta-feira no Reino Unido, tendo assegurado contratos que garantirão a remuneração de longo prazo de dois parques eólicos a construir na Escócia, com uma potência total de 56 megawatts (MW), informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os dois projetos beneficiarão de um contrato por diferenças (CfD), um instrumento mediante o qual a produção terá de ser vendida no mercado, mas o produtor tem a garantia de um determinado preço: se vender em mercado acima do valor do CfD devolverá ao sistema elétrico a diferença; se vender em mercado abaixo do preço do CfD receberá a diferença.

De acordo com o comunicado à CMVM, o CfD assegurado esta sexta-feira para os dois projetos na Escócia tem o valor de 70,7 libras por megawatt hora (MWh), cerca de 82 euros por MWh ao câmbio atual, sendo ajustável à inflação, por um período de 15 anos, a começar em 2027.

“Os dois projetos eólicos em causa, Ben Sca (41 MW) e Lurg Hill (15 MW), estão localizados na Escócia e estima-se que entrem em operação até 2026”, refere a EDP Renováveis no seu comunicado.

Atualmente, a empresa tem assegurados 8,9 gigawatts (GW) de capacidade adicionada total em energias renováveis para o período 2023-2026 (operacionais, em desenvolvimento ou com decisão final de investimento), o que representa cerca de 52% dos cerca de 17 GW estabelecidos como meta da EDP Renováveis para o seu plano de negócios até 2026.

Os lotes da EDP foram ganhos num leilão que adjudicou na sua maior parte contratos CfD para projetos solares (1,93 GW) e eólicos em terra (1,48 GW), tendo ficado marcado pela ausência de projetos eólicos offshore, cujos promotores consideraram o preço de referência do leilão demasiado baixo para participarem.

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