Energia

Galp reduz produção de petróleo no segundo trimestre e vê margem de refinação afundar-se 46%

Sede da Galp, em Lisboa.
Sede da Galp, em Lisboa.
D.R.

A Galp produziu no segundo trimestre uma média de 116,9 mil barris por dia, menos 3% do que no trimestre anterior. Na refinação, a atividade cresceu 11% em cadeia, mas a margem afundou-se 46%, informou a petrolífera

Galp reduz produção de petróleo no segundo trimestre e vê margem de refinação afundar-se 46%

Miguel Prado

Editor de Economia

A produção de petróleo e gás da Galp no segundo trimestre cifrou-se em termos líquidos, em 116,9 mil barris por dia, menos 3% do que no primeiro trimestre e menos 1% do que no período homólogo, revelou esta segunda-feira a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O desempenho operacional no Brasil refletiu uma menor produção face ao primeiro trimestre devido a um período maior de manutenção programada, e também o projeto de gás natural moçambicano Coral FLNG teve uma paragem programada neste segundo trimestre, indica a Galp.

No seu comunicado, que antecede a apresentação de resultados do primeiro semestre que está agendada para 31 de julho, a Galp dá ainda conta do fim do imposto temporário no Brasil sobre as exportações de petróleo, tributo que custou à Galp cerca de 50 milhões de euros no segundo trimestre.

No negócio da refinação o período de abril a junho também teve sinal negativo. Embora o processamento de matérias-primas tenha crescido 11% face ao primeiro trimestre (mas com uma queda de 5% em termos homólogos), a margem de refinação cifrou-se em 7,7 dólares por barril, afundando-se 46% em comparação com os primeiros três meses do ano e caindo 62% em relação a 2022.

Recorde-se que no ano passado a Galp e a generalidade da indústria petrolífera tinham alcançado margens de refinação recorde, devido ao desequilíbrio entre oferta e procura no mercado global provocado pela guerra na Ucrânia e pelas sanções à Rússia.

O fornecimento de produtos petrolíferos da Galp, ainda assim, acompanhou o processamento de matérias-primas, recuando 3% em termos homólogos mas crescendo 10% face ao primeiro trimestre.

Já a transação internacional de gás natural da Galp observou uma descida de 4% em termos homólogos, mas uma recuperação de 47% em cadeia.

No negócio de energias renováveis, uma das novas apostas da Galp nos últimos anos, a produção de eletricidade no segundo trimestre disparou 73% face ao primeiro trimestre (e 50% em termos homólogos). Contudo, o preço médio dessa produção (que está exposta ao preço grossista do mercado ibérico), caiu 41% em cadeia e 58% em relação ao ano passado, cifrando-se em 64 euros por megawatt hora (MWh).

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