A EDP Renováveis registou um novo aumento de capital por conta do programa de remuneração “flexível” dos seus acionistas, programa no qual dá aos investidores a opção de receberem um dividendo em dinheiro ou em novas ações da empresa. E a larga maioria dos acionistas, na primeira vez em que este modelo foi aplicado, optaram por receber novos títulos da EDP Renováveis.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis revela que “aproximadamente 92,3% dos direitos de incorporação emitidos no programa de scrip dividend foram convertidos em ações e por isso participaram no aumento de capital”.
Ou seja, somente 7,7% dos direitos para receber novas ações não foram de facto convertidos em novos títulos, dando, por isso, lugar ao recebimento do dividendo anual (relativo aos lucros de 2022) em dinheiro.
A maioria da conversão em novas ações foi da responsabilidade da EDP, que detém 71,2% da EDP Renováveis. Mas mesmo considerando o restante capital da empresa (que recentemente passou a ter o grupo GIC, de Singapura, como acionista de referência, com 4,3%), a opção de receber a remuneração em novas ações dominou.
Quando lançou este programa flexível, a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade antecipava a possibilidade de o seu capital vir a ser aumentado em 67,4 milhões de euros, mas o aumento de facto realizado ficou pelos 62,2 milhões de euros. Os restantes 5,2 milhões de euros foram distribuídos em dinheiro aos acionistas que não quiseram ficar com mais títulos da empresa.
Em 2022 a EDP Renováveis obteve um lucro de 672 milhões de euros, mais 2% do que no ano anterior.
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