Lucro da EDP no primeiro trimestre dispara para 303 milhões de euros

A EDP teve nos primeiros três meses do ano um ganho de 303 milhões de euros, que compara com o prejuízo de 76 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado
A EDP teve nos primeiros três meses do ano um ganho de 303 milhões de euros, que compara com o prejuízo de 76 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado
Jornalista
A EDP teve no primeiro trimestre um lucro de 303 milhões de euros, depois do prejuízo de 76 milhões de euros no mesmo período do ano passado, informou a elétrica em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira.
Em comparação com o quarto trimestre, e considerando uma base recorrente (sem efeitos extraordinários), o lucro no período a março recuou 15%. Entre outubro e dezembro a EDP tinha tido ganhos de 359 milhões de euros. Em termos recorrentes, o lucro do primeiro trimestre foi de 306 milhões.
A empresa explica que “a recuperação em termos homólogos foi impulsionada pela normalização da produção hidroelétrica em Portugal no inverno 2022-23, após um período de seca extrema no ano hidrológico 2021-22”.
“No início de maio, as albufeiras da EDP em Portugal mantêm-se a uma quota agregada acima da média histórica para este período do ano”, refere o comunicado enviado à CMVM.
A margem bruta da EDP de janeiro a março ascendeu a 2,1 mil milhões de euros, mais 84% em termos homólogos. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) duplicou, passando de 710 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 para 1415 milhões de euros em igual período de 2023.
No que toca ao desempenho das várias áreas de negócio, a produção eólica e solar viu o seu EBITDA do primeiro trimestre crescer 14%, para 448 milhões de euros, ao passo que o negócio de produção hídrica, clientes e gestão de energia (onde se inclui também a produção termoelétrica a gás e carvão que a EDP ainda tem) passou de um EBITDA negativo de 139 milhões de euros no ano passado para um resultado positivo de 527 milhões este ano. O negócio de redes viu o seu EBITDA crescer 5%, para 381 milhões de euros.
Abaixo do EBITDA, o resultado financeiro da EDP agravou-se em 50%, passando para -260 milhões de euros, refletindo, principalmente, um maior encargo com juros, com o custo médio da dívida da EDP a aumentar 90 pontos-base, para 4,8%. Os encargos fiscais (IRC e impostos diferidos) dispararam, de 23 milhões de euros para 226 milhões, e a contribuição extraordinária da energia permaneceu estável nos 50 milhões de euros.
A dívida líquida do grupo permaneceu controlada, recuando ligeiramente, dos 13,2 mil milhões de euros em dezembro de 2022 para 13,1 mil milhões de euros em março passado. O rácio de endividamento melhorou, passando a dívida a representar um múltiplo de 2,8 vezes o EBITDA, contra o múltiplo de 3,4 do ano passado.
Notícia atualizada às 18h17 com mais detalhes.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes