Energia

EDP Renováveis lucra 65 milhões no primeiro trimestre, em linha com o ano passado

EDP Renováveis lucra 65 milhões no primeiro trimestre, em linha com o ano passado
D.R.

A EDP Renováveis produziu mais e faturou mais nos primeiros três meses do ano, mas os custos financeiros acabaram por anular esse crescimento, deixando o lucro do primeiro trimestre ao nível do alcançado em 2022

A EDP Renováveis teve no primeiro trimestre um resultado líquido positivo de 65 milhões de euros, praticamente em linha com os 66 milhões de lucro de igual período do ano passado. Um maior encargo com juros e diferenças cambiais desfavoráveis acabaram por anular o crescimento das receitas, que avançaram a dois dígitos.

Segundo o comunicado de resultados enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as receitas da EDP Renováveis até março ascenderam a 706 milhões de euros, mais 24% do que no período homólogo de 2022, beneficiando, entre outros fatores, de um crescimento de 11% na produção de eletricidade e de 8% no preço médio de venda de eletricidade.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), por seu turno, subiu 14%, para 448 milhões de euros, tendo os custos registados na Polónia e na Roménia anulado parte do crescimento das receitas, e com a redução do resultado na participada Ocean Winds a penalizar também as contas.

O disparo do encargo com juros (que subiu 68%, para 70 milhões de euros) e uma evolução desfavorável dos custos cambiais acabaram por anular o crescimento operacional dos primeiros três meses do ano levando o resultado antes de impostos a ficar 11% abaixo do de há um ano. Uma menor fatura fiscal e uma redução dos interesses minoritários permitiram à empresa equilibrar o resultado líquido atribuível aos seus acionistas, que se cifrou nos referidos 65 milhões de euros até março, contra 66 milhões de janeiro a março do ano passado.

O investimento líquido de expansão da EDP Renováveis no primeiro trimestre recuou 18%, para 1017 milhões de euros e a dívida líquida da empresa desceu de 4,94 mil milhões de euros no final de 2022 para 4,8 mil milhões de euros em março.

A EDP Renováveis irá este ano estrear o pagamento de dividendos aos seus acionistas numa modalidade flexível, podendo os investidores, a 26 de maio, receber novas ações da empresa, um montante de 26,5 cêntimos por cada direito de incorporação ou um misto das duas opções.

O maior acionista da EDP Renováveis, a EDP, apresentará ao mercado as suas contas do primeiro trimestre esta quinta-feira, após o fecho da bolsa portuguesa.

Notícia em atualização.

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