Energia

Consumo de eletricidade caiu 1% em março e renováveis abasteceram 56% do total

Consumo de eletricidade caiu 1% em março e renováveis abasteceram 56% do total
João Carlos Santos

O consumo de eletricidade em Portugal caiu 1% em março (1,1% com correção da temperatura e dias úteis) face a março de 2022. Segundo a REN, a produção renovável abasteceu 56% do consumo

O consumo de eletricidade em Portugal caiu 1% em março, em relação ao mesmo mês de 2022, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela REN. Se analisarmos com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis a queda foi de 1,1%. No final do trimestre, a evolução anual foi positiva em 2,1%, ou 1,3% com correção da temperatura e dias úteis.

“Este março, as condições meteorológicas voltaram a ser negativas para as energias renováveis, com exceção da fotovoltaica. O índice de produtibilidade hidroelétrico situou-se em 0,65 (média histórica igual a 1), o eólico em 0,83 e o solar em 1,14”, explica a REN, em comunicado.

Já a produção fotovoltaica ultrapassou, pela primeira vez, os 1500 MW (megawatts), cerca de 400 MW acima do que se registava em março do ano passado.

Segundo a REN, “a produção renovável abasteceu 56% do consumo, a não renovável 15%, enquanto os restantes 29% foram abastecidos com recurso a energia importada”.

No conjunto do primeiro trimestre de 2023, “o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,95, o de produtibilidade eólica em 0,93 e o de produtibilidade solar em 1,14”.

Nestes três meses, a produção renovável abasteceu 72% do total do consumo (hidroelétrica com 34%, eólica com 27%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 5%), a produção a gás natural abasteceu 19%, enquanto “os restantes 9% corresponderam ao saldo importador”.

Mercado de gás natural em queda

A REN indica ainda que no mercado de gás natural registou-se, em março, uma variação homóloga negativa de 25%. “Esta variação deveu-se fundamentalmente ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que apresentou uma quebra homóloga de 58%, enquanto no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a evolução mantém-se negativa, mas com uma variação de apenas 0,7%.”

No mês em análise, a maioria do gás natural chegou através de Sines (89%), e o restante chegou através da ligação com Espanha.

Entre janeiro e março, “o consumo acumulado anual de gás regista uma variação homóloga negativa 20%, repartida por um recuo de 4,1% no segmento convencional [consumo empresarial e residencial] e uma queda de 39% no segmento de produção de energia elétrica”, sendo que, no segmento convencional atingiu-se o consumo mais baixo desde 2009.

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