Energia

Sistema de baterias em rede é inaugurado nos Açores

Sistema de baterias em rede é inaugurado nos Açores

Com um investimento de 14 milhões de euros, entra esta segunda-feira em ação um sistema de armazenamento de energia por bateria. Sistema vai maximizar a integração de energias renováveis na região

Foi inaugurado, esta segunda-feira, na ilha Terceira (Açores), um sistema de armazenamento de energia por baterias, integrando assim mais energias renováveis na região, com um investimento de 14 milhões de euros, segundo a nota divulgada. A infraestrutura tem uma potência instalada de 15MW (megawatts), distribuída por seis inversores, e uma capacidade de armazenamento de 10,5 MWh (megawatts por hora).

O projeto foi concebido e implementado pela EDA (Eletricidade dos Açores) e foi desenhado e construído pelo consórcio formado pela Siemens Portugal e pela Fluence, em colaboração com a EDP e outras entidades.

O novo sistema inclui um software de gestão de micro-redes - instalado pela primeira vez em Portugal - “que permite monitorizar em tempo real todo o sistema elétrico da ilha e fazer estimativas mais aproximadas da produção e consumo de energia para vários dias e horas, com base em previsões meteorológicas e dados históricos”, diz a Siemens em comunicado.

Assim, será possível “maximizar a integração de energias renováveis, em especial a eólica, a geotérmica e, futuramente, a solar, mantendo níveis elevados de qualidade, fiabilidade e continuidade no abastecimento elétrico da ilha”, diz a Siemens em comunicado.

Este sistema “reduz a necessidade de utilização de grupos geradores térmicos e, em consequência, diminui o consumo de combustíveis fósseis importados – no total, estima-se uma redução de 1152 toneladas de fuelóleo por ano, bem como da emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera em menos 3.636 toneladas de CO2 por ano”, diz a empresa.

Adicionalmente, reforça a “quota de produção de energia elétrica a partir de recursos renováveis e endógenos da ilha para mais de 50%, após a conclusão dos novos investimentos em curso e previstos para aproveitamento destas fontes de energia”, diz a empresa em comunicado.

“O projeto permite-nos mitigar a instabilidade causada pela flutuação dos recursos renováveis intermitentes, como a energia eólica, e pode substituir reserva girante diesel necessária para lidar com os desafios de garantir a estabilidade da rede elétrica bem como os requisitos de qualidade da energia de um sistema isolado, como o nosso” disse, citado na nota, Nuno Pimentel, presidente do Conselho de Administração da EDA.

No total, este projeto teve um investimento de 14 milhões de euros, cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional dos Açores 2020, através do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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