Energia

Remuneração da equipa de gestão da EDP encolheu 20% em 2022

Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
D.R.

A remuneração bruta dos cinco administradores executivos da EDP em 2022 somou 8,58 milhões de euros, menos 20% do que no ano anterior. O presidente executivo, Miguel Stilwell de Andrade, assegurou 1,8 milhões

As remunerações do conselho de administração executivo da EDP em 2022 cifraram-se, em termos brutos, em 8,58 milhões de euros, menos 20% do que os 10,7 milhões de euros do ano anterior, que já tinha sido marcado por uma redução face aos 12,84 milhões de euros de 2020, embora nesse ano a elétrica ainda tivesse nove executivos, uma equipa que encolheu para cinco elementos em 2021, assim permanecendo em 2022.

O relatório de remunerações que a EDP enviou esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) dá conta também de uma estabilização na remuneração conselho geral e de supervisão (CGS), o organismo da EDP onde estão representados os acionistas de referência da empresa. A remuneração do CGS da elétrica em 2022 foi de 2,04 milhões de euros (face a 2,05 milhões no ano anterior).

Na equipa de gestão o membro mais bem remunerado voltou a ser o presidente executivo (CEO), Miguel Stilwell de Andrade, que teve uma remuneração bruta de 1,81 milhões de euros, dos quais 941 mil euros na componente fixa, quase 362 mil euros de prémio relativo aos indicadores de desempenho de 2021 e ainda 508 mil euros de prémio diferido relativo ao ano 2019.

O segundo elemento mais bem remunerado da EDP foi a administradora Vera Pinto Pereira, que custou à empresa 1,32 milhões de euros (dos quais 659 mil euros de remuneração fixa em 2022 e o restante em prémios relativos a 2021 e 2019).

O administrador Rui Teixeira teve uma remuneração bruta de 1,17 milhões de euros, ao passo que Miguel Setas (que esta segunda-feira anunciou a renúncia ao cargo, para seguir outros desafios profissionais fora do grupo EDP, assumindo a presidência da concessionária rodoviária brasileira CCR) teve uma remuneração ilíquida de 1,13 milhões de euros. Ainda na equipa executiva da EDP, Ana Paula Marques teve direito a quase 905 mil euros brutos.

Em 2022 a EDP ainda registou encargos com António Mexia e outros antigos administradores. No caso de Mexia, a EDP pagou quase 693 mil euros de remuneração variável diferida de 2019, além da compensação de não concorrência no montante de 800 mil euros.

No Conselho Geral o presidente, João Talone, custou à EDP 515 mil euros, enquanto os restantes elementos tiveram remunerações brutas entre os 70 e os 143 mil euros.

Segundo o relatório de remunerações enviado à CMVM, o retorno total para o acionista da EDP em 2022 não foi além de 0,5%. depois de um retorno negativo de 2,7% em 2021, longe dos 43% de 2020. Os dividendos distribuídos em 2022, de 753 milhões de euros, permaneceram ao mesmo nível dos de 2021.

Já a remuneração média mensal dos trabalhadores da EDP em 2022 fixou-se em 4028 euros, ligeiramente acima dos 3930 euros do ano anterior.

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