As exportações de vinhos portugueses fecharam o primeiro trimestre do ano nos 210,1 milhões de euros, o que representa quebras de 0,95% em valor e 3,28% em volume, mas o arranque do ano trouxe uma subida do preço médio por litro de 2,41%, para os 2,85 euros, anunciou a Viniportugal.
Na comparação com 2022, um dos destaques da Viniportugal é a subida das exportações para a Rússia (+84,56%/ 2,1 milhões de euros), mas também para a Ucrânia (72,85%/ 835,6 mil euros).
Os números das exportações sem Vinho do Porto já refletem crescimentos em valor (+2,41%) e no preço médio (+4,28%), mantendo a quebra em volume (-1,79%), face ao período homólogo. E mais uma vez o mercado da Rússia (+161,44%) está em destaque pelo seu crescimento, a par da Ucrânia (+81,74%) e do México (+94,83%).
Mesmo assim, entre janeiro e março deste ano, o Vinho do Porto foi o mais exportado (62,3 milhões de euros). Já no que respeita ao maior crescimento percentual em termos homólogos, a liderança é dos vinhos da Região da Península de Setúbal (+32,32%).
No comentário ao desempenho do sector, o presidente da Viniportugal, Frederico Falcão, acredita que “apesar de um ligeiro decréscimo no que diz respeito aos valores das exportações, 2023 vai ser um ano bastante positivo para os vinhos portugueses”.
“O primeiro trimestre do ano é sempre mais moroso em termos de performance, pois é penalizado pelo stock resultante das aquisições nas épocas festivas do final anterior”, afirma.
Coreia do Sul lidera no preço médio por litro
"Temos vindo a conseguir aumentar o preço médio, que era um dos nossos principais objetivos para este ano. Estamos a trabalhar a promoção dos nossos vinhos nos mercados tradicionais, a negociar a entrada em novos mercados, onde existe um grande potencial de crescimento e, graças à resiliência e qualidade dos nossos produtores nacionais, acreditamos que vamos atingir excelentes resultados até ao final deste ano”, conclui.
No primeiro trimestre, os principais mercados de exportação continuam a ser os Estados Unidos da América (25 milhões de euros), a França (23,8 milhões) e o Brasil (15 milhões). Em litros, Angola (9 milhões de litros) destaca-se como o maior comprador, logo atrás da França (7,9 milhões) e Estados Unidos da América (5,8 milhões).
Em termos de preço médio, a melhor performance homóloga no que respeita a subidas é de Angola, o quinto cliente nacional, com um aumento de 12,83%. Mesmo assim, o preço por médio por litro vendido a Angola ficou nos 1,37 euros por litro, 1,48 euros abaixo do preço médio por litro dos vinhos portugueses. A Coreia do Sul é o mercado que paga mais pelos vinhos nacionais (6,48 euros/litro), seguida dos EUA (4,25 euros).
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