
Com a redução temporária do IVA para zero sobre 44 produtos alimentares considerados básicos, vamos sentir um pequeno alívio. Mas o preço final depende de uma série de fatores não controláveis
Com a redução temporária do IVA para zero sobre 44 produtos alimentares considerados básicos, vamos sentir um pequeno alívio. Mas o preço final depende de uma série de fatores não controláveis
Em alguns produtos, por meia dúzia de meses e se ninguém faltar à palavra (entre o Governo, a CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal e a APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), os portugueses vão poder poupar perto de seis euros em cada 100 euros de compras. O problema é que basta uma pequena oscilação nos custos dos fatores de produção, ou simplesmente nos encargos com a energia, ou ainda mais um ano de seca, para que tudo volte à estaca zero. Ou seja, para que nem o IVA a zero sirva para podermos poupar.
No imediato, e a acreditar no ato de “boa fé” dos intervenientes que na passada segunda-feira assinaram o acordo para o IVA zero sobre um cabaz de 44 alimentos considerados básicos, sim. Embora em alguns produtos possamos estar a falar de uma poupança de apenas alguns cêntimos. Aliás, como a redução do IVA irá incidir apenas sobre alimentos em que o imposto é de 6%, isso significa que, numa ida às compras no valor atual de 100 euros, a poupança, após entrar em vigor o novo IVA, será próxima dos 6 euros (mais precisamente, 5,66 euros) – isto se não sairmos daquele pacote de 44 produtos que resultam do acordo entre o Governo, a CAP e a APED.
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