
Os navios cheios de cereais parados no Tejo à espera de vez para descarregar vão começar a atracar. Mas a instabilidade nos portos ucranianos continua a preocupar o sector agroalimentar
Os navios cheios de cereais parados no Tejo à espera de vez para descarregar vão começar a atracar. Mas a instabilidade nos portos ucranianos continua a preocupar o sector agroalimentar
Coordenador de Economia
Os trabalhadores da Silopor – empresa portuária que faz a descarga dos cereais importados – suspenderam a greve geral que estava prevista para a próxima segunda-feira, assim como a greve às horas extraordinárias, que estava em curso e se iria estender até ao final deste mês, e que já estava a deixar vários navios por descarregar junto a Lisboa, por onde entram cerca de 60% dos cereais importados por Portugal.
Abel Vinagre, presidente da Comissão Liquidatária da Silopor, diz ao Expresso que, para já, “podemos respirar de alívio, pelo menos por um mês”, que é precisamente o prazo que foi acordado com os trabalhadores para lhes apresentar uma proposta de negociação de atualizações salariais.
Os constrangimentos que existiam ao nível da logística de abastecimento de cereais a Portugal – e que já comprometiam a produção e distribuição de bens alimentares básicos – podem, ainda assim, não ter acabado, pois a Rússia começa a dar sinais de não querer prolongar o acordo para a exportação dos cereais ucranianos a partir dos portos do Mar Negro.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: VAndrade@expresso.impresa.pt