Bolsa e Mercados

Bolsa nacional prepara adeus à Greenvolt após KKR passar a ter 97,6% da empresa na mão

Bolsa nacional prepara adeus à Greenvolt após KKR passar a ter 97,6% da empresa na mão
NUNO BOTELHO

Fundo norte-americano terminou OPA com quase a totalidade dos diretos de voto e do capital da empresa portuguesa e prepara agora a sua saída do PSI

O fundo KKR (Kohlberg Kravis Roberts) passou a ser dono de 97,6% da empresa portuguesa Greenvolt, depois da OPA (Oferta Pública de Aquisição) ter permitido à GVK Omega, veículo criado pelos norte-americanos para a operação, adquirir uma fatia do capital que ainda não detinha. Agora, a empresa portuguesa liderada por João Manso Neto prepara-se para dizer adeus à bolsa nacional.

Os resultados da operação foram divulgados esta sexta-feira, depois do fecho de sessão, pela Euronext, empresa que gere a bolsa nacional. A Greenvolt fechou o dia com uma queda de 1,32% para os 8,2 euros por ação.

A GVK Omega pagou mais 19,7 milhões de euros equivalentes a 12,08% do capital social da Greenvolt, aos quais se junta a compra de outros 18,93% do capital, por 30,9 milhões, onde se inclui a liquidação de um contrato de swap celebrado com o Mediabanca, intermediário da operação. Somando estas transferências às ações que já detinha (66,63% do capital), significa que a KKR passa a deter 159,4 milhões de ações da Greenvolt, o que equivale a 97,6% do capital.

A operação equivale a 8,310 euros por ação, elevando o valor de mercado da empresa portuguesa para os 1,35 mil milhões de euros. E, uma vez ultrapassado o patamar dos 90%, os donos da Greenvolt vão acionar o mecanismo da OPA potestativa, com vista a retirar a empresa de bolsa.

Ontem tinha sido o último dia do período desta oferta, que começou a ser desenhada em dezembro do ano passado, com o anúncio preliminar de uma oferta voluntária. A liquidação da OPA será no próximo dia 29 de outubro.

A KKR é uma empresa de investimento de escala mundial que oferece gestão de ativos alternativos, bem como soluções de mercados de capitais e seguros.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: galmeida@expresso.impresa.pt

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