Bolsa e Mercados

Bolsas varrem crise financeira pelo segundo dia consecutivo, com mercados de ações a registar ganhos

Bolsas varrem crise financeira pelo segundo dia consecutivo, com mercados de ações a registar ganhos
BRENDAN MCDERMID/Reuters

Depois de perdas na semana passada e de uma abertura no vermelho na segunda-feira, as bolsas estão a registar ganhos pelo segundo dia consecutivo. A Ásia fechou esta terça-feira no verde e a Europa abriu em terreno positivo

O pânico financeiro das duas últimas semanas parece ter regressado ao armário. As bolsas asiáticas fecharam esta terça-feira com ganhos e as praças na Europa abriram no verde. Os mercados acionistas parecem estar a varrer a crise financeira das duas últimas semanas.

As bolsas chinesas de Shenzhen (sobretudo de empresas tecnológicas) e Hong Kong fecharam esta terça-feira com ganhos acima de 1%, enquanto a maior bolsa da Ásia, Xangai, registou uma subida de 0,6%, e Tóquio, a segunda maior asiática, esteve fechada devido a feriado no Japão.

Na zona euro, os principais índices em Viena, Milão e Madrid registam ganhos acima de 2% na abertura desta terça-feira. Em Lisboa, o PSI sobe mais de 1,5% e o BCP, muito castigado durante a crise financeira global das duas últimas semanas, ganha 4%.

Os investidores nos mercados de ações estão a valorizar a rapidez de atuação dos reguladores nos Estados Unidos e na Suíça para resolverem as crises surgidas em alguns bancos e a determinação dos principais bancos centrais em garantir que a liquidez será assegurada ao sector bancário em caso de necessidade.

Os investidores registaram também positivamente as posições avançadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco de Inglaterra (BoE) no sentido de que não repetirão a decisão deste fim de semana do Banco Nacional da Suíça e das autoridades helvéticas em penalizar, de imediato, os detentores de obrigações de alto risco (conhecidas tecnicamente por Additional Tier 1, AT1 no acrónimo, introduzidas depois da crise financeira de 2008), no Credit Suisse, antes de fazer pagar a fatura aos acionistas e aos credores.

Reunião da Fed no radar

Os investidores viram, agora, a atenção para a reunião de política monetária que se inicia esta terça-feira em Washington na Reserva Federal norte-americana (Fed), o banco central, que anunciará na quarta-feira a decisão sobre o ritmo de subida dos juros.

O mercado de futuros da taxa diretora da Fed aponta para uma probabilidade de 77% de uma decisão de subida de apenas 25 pontos-base, um quarto de ponto percentual, muito abaixo do nível de aperto decidido pelo conselho do BCE na semana passada (cumpriu o aumento pré-anunciado de meio ponto percentual).

Os mercados estarão, também, atentos à orientação futura que Jerome Powell apontará para as próximas reuniões. No mercado de futuros, as probabilidades mais elevadas apontam para uma pausa nas subidas nas próximas reuniões da Fed de 3 de maio e 14 de junho.

Na quinta-feira, será a vez de o Banco de Inglaterra e o Banco Nacional Suíço anunciarem as decisões de juros.

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