Bolsa e Mercados

Chuva de milhões do banco central da Suíça iça ações europeias. Credit Suisse dispara 33%

Chuva de milhões do banco central da Suíça iça ações europeias. Credit Suisse dispara 33%

Os mercados despertaram com as notícias de financiamento ao Credit Suisse e reagiram com otimismo. O banco disparava 33% ao início da sessão desta quinta-feira

Depois do anúncio do financiamento de 51 mil milhões de euros do banco central da Suíça ao Credit Suisse na madrugada desta quinta-feira, 16 de março, os principais índices europeus reagiram com júblilo à promessa dos milhões. O Credit Suisse, que perdera na quarta-feira um quarto do seu valor de mercado, cotava em alta de 34% no início da sessão, mais do que recuperando face às perdas de ontem, que atiraram a cotação do banco para um mínimo histórico de 1,70 francos suíços (cerca de 1,73 euros ao câmbio atual).

Em dia de decisão de política monetária do Banco Central Europeu - antecipando-se, apesar da turbulência, um aumento de 50 pontos-base da taxa diretora, mas um discurso mais prudente em relação a ciclo de subidas no curto e médio-prazo - o otimismo em relação ao banco helvético infetou os grandes índices, que se valorizavam de forma marcada ao início da manhã: o CAC40 de Paris crescia 1,45%, o Footsie de Londres avançava 1,14%, e o DAX de Frankfurt subia 1,52%. O Stoxx 600, índice representativo das ações do continente, crescia 0,9%. Na Península Ibérica, os dois principais índices, o espanhol IBEX35 e o português PSI, cotavam em alta de 1,58% e de 0,94%, respetivamente.

O índice setorial Stoxx Banks, que segue 21 bancos europeus, crescia 2,1% ao início da manhã, com o alemão Commerzbank, o italiano UniCredit, o espanhol Santander - o 26.º, 15.º, e 5.º maiores bancos em ativos sob gestão, segundo a S&P - a liderarem os ganhos, em alta de 4,4%, 3,8%, e 3,6%, respetivamente.

Em Lisboa, o único banco que sobrou do sector na bolsa portuguesa, o BCP, amanheceu a valorizar-se 2,59%, pouco depois do arranque da negociação, para os 0,20 euros por ação. De perto cotavam a Galp Energia (+2,08% para os 9,91 euros), os CTT (+1,7% para os 3,58 euros) - que apresentam esta quinta-feira resultados anuais após o fecho dos mercados - e a Jerónimo Martins (+1,29% para os 20,42 euros).

A Sonae, que reportou uma queda de 16,7% dos lucros em 2022 para os 179 milhões de euros, negociava inalterada nos 1,03 euros.

Wall Street fechou na quarta-feira maioritariamente em queda, com o índice Dow Jones Industrial Average a cair 0,87% e o S&P 500 a recuar 0,7%, pressionados pelas ações do setor bancário norte-americano; ao passo que o tecnológico Nasdaq fechou em alta ligeira de 0,05%.

Os bancos regionais continuaram a ser os mais penalizados pelos temores de uma nova falência semelhante à do Silicon Valley Bank. No centro do furacão está o First Republic Bank, um banco de média dimensão focado na gestão de grandes fortunas, que se afundou 21,37% na quarta-feira, e já vai com perdas acumuladas de quase 70% do seu valor de mercado nas últimas 5 sessões. Grandes bancos norte-americanos como o JP Morgan e o Citigroup também foram penalizados, encerrando quarta-feira com perdas de 3% e de 5,4%, respetivamente.

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