As ações do Credit Suisse encontravam-se, às 12h15 de Lisboa, a cair quase 23%, para 1,73 francos suíços, o que, segundo a escreve a Reuters é um novo mínimo na cotação do banco suíço.
Mais tarde, às 14h45 de Lisboa, as ações do banco recuperaram e estavam a cair 12,5%, para 1,96 francos suíços, depois de até terem chegado a registar uma desvalorização de 30% na manhã desta quarta-feira.
O tombo das ações acontece após o principal accionista do banco, o Saudi National Bank (SNB), ter excluído a possibilidade de fazer novos investimentos no banco depois de ter perdido mais de um terço do seu valor em três meses, avança a Bloomberg.
"A resposta é absolutamente não, por muitas razões além das simples - que são de ordem regulatória e estatutária", afirmou o presidente do conselho de administração do SNB, Ammar Al Khudairy, à agência, quando questionado sobre eventuais novas injeções no banco suíço.
O SNB reforçou a sua posição no banco em dezembro, ao adquirir quase 10% das ações, tendo-se tornado um dos principais acionistas do banco, que se encontra atualmente num processo de reestruturação.
O golpe desta quarta-feira acontece numa semana atribulada no setor financeiro, devido ao colapso de alguns bancos norte-americanos, que foi contagiando os mercados.
Adicionalmente, na terça-feira o Credit Suisse caiu cerca de 6% depois do anúncio de que detetou falhas nos procedimentos de controlo interno dos relatórios financeiros dos últimos dois anos.
Desde o início do ano, a instituição bancária já perdeu mais de 32% em bolsa e, nos últimos 12 meses, as perdas ultrapassam os 70%.
Notícia atualizada às 14h50 com a cotação mais recente do Credit Suisse
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