Distribuição

Lucro da Jerónimo Martins no primeiro semestre cresce 6,6%, para €269 milhões

Pedro Soares dos Santos, líder da Jerónimo Martins
Pedro Soares dos Santos, líder da Jerónimo Martins
Tiago Miranda

Dona do Pingo Doce admite que “ambiente de consumo tímido” dificultou a expansão do negócio na primeira metade do ano, com uma “pressão sobre as margens”

Lucro da Jerónimo Martins no primeiro semestre cresce 6,6%, para €269 milhões

Miguel Prado

Editor de Economia

A Jerónimo Martins, dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, ampliou em 6,6% o seu resultado líquido no primeiro semestre, para 269 milhões de euros, apesar de no segundo trimestre o lucro ter recuado 8,9%, para 142 milhões de euros.

Em comunicado ao mercado, divulgado esta sexta-feira, a empresa reportou um crescimento das vendas de 6,7% no semestre, para 17,4 mil milhões de euros, com a faturação no segundo trimestre a subir 9,6%, para 9 mil milhões de euros.

O grupo conseguiu inclusivamente melhorar o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 10,3% no semestre, para 1148 milhões de euros, e em 16,5% no segundo trimestre, para 620 milhões de euros.

No entanto, um aumento das depreciações e dos custos financeiros e um agravamento dos encargos com impostos acabaram por emagrecer o resultado líquido do segundo trimestre, limitando o avanço dos ganhos no conjunto do semestre.

A Jerónimo Martins reporta um “ambiente de consumo tímido”. “O bom desempenho das vendas e o reforço da disciplina operacional e das medidas de aumento da produtividade permitiram proteger a rentabilidade num semestre que se antecipava difícil, devido à combinação do baixo nível de inflação nos nossos cabazes com a subida dos salários e à estagnação do consumo alimentar”, contextualiza a empresa.

“Em todos os países onde operamos, assegurámos ofertas de qualidade a preços competitivos para as famílias, priorizando a disciplina de custos e o reforço das medidas de produtividade como forma de mitigar a inevitável pressão sobre as margens e preservar a base de clientes”, comentou o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, no comunicado dos resultados semestrais.

Na primeira metade do ano a Jerónimo Martins abriu 196 lojas e remodelou 71 estabelecimentos. Além de Portugal, onde opera com as cadeias Pingo Doce e Recheio, o grupo está presente na Polónia (com a rede de supermercados Biedronka e a Hebe), na Colômbia (com a Ara) e na Eslováquia.

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