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Distribuição

Poderá haver em Portugal uma guerra de preços entre supermercados e marcas?

Foto: Getty Images
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Os supermercados Carrefour retiraram das prateleiras de França os refrigerantes Pepsi e as batatas fritas Lays, entre outras marcas, por discordarem dos aumentos de preços propostos pelo fornecedor. Na Alemanha, houve conflitos similares. E em Portugal? APED e Centromarca desvalorizam a questão. Mas o Pingo Doce admite que tem sentido um aumento da pressão das multinacionais para aumentar preços

No início do ano passado, já em plena trajetória de desinflação, começava a aparecer nos comentários de analistas e economistas o termo greedflation, que denota uma subida de preços devido à ganância (greed) de quem vende. As empresas do retalho e as marcas eram acusadas de aproveitar a alta generalizada dos preços para engordarem a suas margens de lucro. Ou pelo menos mantê-las: numa altura em que os consumidores perdiam poder de compra, escolhendo mais e comprando menos, o lucro médio por produto foi igual.

As pressões de preços fizeram sentir-se em toda a cadeia, com todos a quererem garantir a melhor situação para si mesmos. É nessa diferença de objetivos que nasce o confronto entre marcas e retalhistas, com as segundas a acusarem as primeiras de aumentos de preços sem fundamento. A situação mais notória foi a da retalhista Carrefour, que suspendeu novos fornecimentos de produtos da Pepsi no início de janeiro, em protesto contra as propostas de aumentos de preços feitas pela multinacional norte-americana. Já em Portugal, tanto a grande distribuição como os fornecedores garantem que reina a concórdia.

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