Distribuição

Vendas do Minipreço crescem 2,5% no terceiro trimestre, diz grupo Dia

Vendas do Minipreço crescem 2,5% no terceiro trimestre, diz grupo Dia

A retalhista portuguesa do grupo espanhol, que vai ser comprada pelos franceses da Auchan, aumentou vendas apesar do parque de lojas diminuir 2%

No terceiro trimestre do ano, o grupo Dia aumentou as suas vendas em Portugal 2,5%, para os 163,4 milhões de euros, “compensando a redução de 2% no parque de lojas (Minipreço)” no país, informou o grupo espanhol na apresentação de contas, esta quarta-feira.

Na comparação para a mesma base de lojas, as vendas do Minipreço aumentaram 1,1%, refere o grupo que vai deixar o mercado da distribuição alimentar em Portugal, tendo já acordado a venda da sua operação no país aos franceses da Auchan por €155 milhões.

Em termos globais, juntando as operações da marca em Espanha, Argentina e Brasil, os primeiros nove meses do ano fecharam com vendas líquidas de 4.642 milhões de euros, o que representa um aumento de 3% face ao período homólogo de 2022 ou de 4,5% considerando a mesma base comparável de lojas.

"O volume de negócios obtido nos primeiros nove meses do ano, que exclui as vendas registadas nas lojas transferidas para Alcampo em Espanha, a venda das lojas em Portugal e as lojas Clarel, mostra a força da estratégia da Dia num ambiente complexo como o atual e consolida a posição da empresa nos seus dois principais mercados, Espanha e Argentina”, comenta a direção.

Em Espanha, as vendas brutas sob insígnia atingiram 1.280,2 milhões de euros no terceiro trimestre, mais 8,3% do que no ano anterior e o acumulado dos primeiros nove meses do ano apresenta um crescimento de 12%.

À espera da concorrência em Portugal

“O negócio em Espanha está a progredir a bom ritmo, consolidando os frutos da nova proposta de valor e crescendo positivamente em vendas brutas, líquidas e comparáveis. A força do mercado espanhol compensou parte do impacto negativo da moeda argentina, uma unidade de negócio na qual continuamos a avançar em quota de mercado e cujo desempenho operacional é muito positivo num contexto macroeconómico complexo. O desempenho no Brasil, por sua vez, continua a ser afetado por um mercado que está a perder volume em todos os formatos”, precisa Martín Tolcachir, CEO Global, num comentário ao desempenho do grupo.

Na Argentina, as vendas líquidas aumentaram 3% em euros durante o terceiro trimestre e apesar do efeito negativo da taxa de câmbio (-23%) o grupo continua a ganhar quota de mercado.

No Brasil, onde as vendas líquidas registaram uma contração de 22,4% no terceiro trimestre para 182,1 milhões de euros, o grupo comenta que o “contexto de mercado com queda de vendas no sector e a mudança de mix que tem vindo a ser implementada desde o início do ano (focada na redução do peso de categorias com margens mais baixas e afastadas do nosso conceito de proximidade), está a afetar o desempenho comercial”.

No que respeita a remodelações de lojas, o grupo refere que no terceiro trimestre do ano avançou na implementação com 58 renovações e 28 aberturas. No final de setembro, o Grupo Dia contava com 2.808 lojas a operar sob um novo modelo que está a implementar, 71% da rede (excluindo as lojas Clarel e Dia Portugal).

No que respeita a Portugal, o processo de venda da operação à Auchan, em fase de avaliação pela Autoridade da Concorrência, contempla 489 lojas próprias e franquiadas, a par de 3 armazéns, e envolve 2.650 trabalhadores do Minipreço, o que vai rivalizar com o Intermarché pelo quarto lugar no ranking dos maiores operadores da distribuição alimentar no país, atrás do Continente (Sonae), Pingo Doce (Jerónimo Martins) e Lidl,

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