“Ter lucros é indispensável, mas é preciso repartir”, diz Juan Roig na apresentação das contas de 2022 em que a garante ser impossível limitar os preços: “É uma ilusão pensar que se pode limitar uma coisa que depende da oferta e da procura. Ou se perde qualidade ou não é possível”
“Ter lucros é uma coisa boa ou má?”. Foi assim, com uma questão direta que o presidente da Mercadona, Juan Roig abriu a apresentação de contas da cadeia de distribuição espanhola, marcada por aumentos de 11% nas vendas (31.041 milhões de euros) e de 5% nos lucros (718 milhões), mas também pela redução da margem em 0,6 pontos e por uma das rentabilidades “mais baixas da sua história”: 0,025 euros de lucro por cada euro vendido contra 0,027 euros em 2021.
“Ter lucro é indispensável, mas se o único propósito é o ganho, não está bem. É preciso repartir com trabalhadores, fornecedores, sociedade, acionistas”, responde de imediato à sua própria questão para sublinhar que sem lucros “não se pode reinvestir, ampliar, renovar ativos” e “quanto mais lucros houver para repartir, melhor para Portugal e Espanha (no caso da Mercadona)”.
“Estamos a viver momentos complicados e com muita confusão sobre o que é a missão de uma empresa” (…) Pagar impostos é um orgulho
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