Depois de um ano e meio de crise, o número de transações de criptoativos para entidades associadas a atividades ilícitas caiu, no primeiro semestre de 2023, a um ritmo que é o dobro do da queda sentida nas trocas entre entidades legítimas.
No primeiro semestre do ano, o volume de transações com criptoativos recuou face ao ano anterior, o que não será à partida de estranhar, depois de meses de diminuição geral do número de transações fruto dos vários colapsos e escândalos financeiros de 2022. Contudo, as transações ilícitas - ou duvidosas - caíram mais.
Segundo números produzidos pela consultora, Chainalysis - que cruza dados públicos como queixas às autoridades com os constantes na Internet e na blockchain - fizeram-se transações lícitas no valor de 3 biliões de dólares (2,7 biliões de euros) no primeiro semestre de 2023, menos 28% do que um ano antes.
Já as transações de criptoativos para entidades ilícitas caíram 65% face ao ano anterior para perto de 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros). Igualmente expressivo foi o recuo registado nos os fluxos de criptoativos especificamente para entidades não comprovadamente ilícitas, mas com alto grau de suspeita, como misturadoras (plataformas que “lavam” a procedência ilícita de criptoativos) e algumas corretoras - recuaram 42% para os 75 mil milhões de dólares (67 mil milhões de euros).
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