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Contas Públicas

Governo prevê crescimento médio de 2% até 2028. Previsões de despesa (o mais importante para Bruxelas), só segunda-feira

Governo prevê crescimento médio de 2% até 2028. Previsões de despesa (o mais importante para Bruxelas), só segunda-feira
TIAGO MIRANDA

Na sexta-feira, o Conselho das Finanças Públicas apresentou a avaliação prévia às previsões macroeconómicas subjacentes ao plano de médio-prazo enviado a Bruxelas e queixa-se de vários atrasos e da falta de acesso a dados essenciais. O plano, que será divulgado publicamente esta segunda-feira, irá revelar as perspetivas de médio e longo-prazo do Governo para a economia portuguesa, tal como os contornos do ajustamento orçamental que o Estado se compromete a cumprir nos próximos quatro anos

O Governo já enviou à Comissão Europeia as previsões de médio-prazo no âmbito das novas regras orçamentais a que os 27 estarão sujeitos a partir de 2025. Nestes quadros, que deverão ser divulgados publicamente esta segunda-feira, o Executivo apresenta o cenário macroeconómico para os próximos quatro anos - o período mínimo de ajustamento admitido por Bruxelas para os países com desvios significativos quer na dívida, quer no défice - que irão servir de base, por sua vez, para chegar ao indicador mais importante para a burocracia comunitária: a evolução da despesa líquida.

O Conselho das Finanças Públicas, obrigado por lei a avaliar se as previsões do Executivo são razoáveis e bem fundamentadas, queixa-se de que não lhes foram fornecidos dados para avaliar o indicador mais importante nas novas regras europeias: o crescimento da despesa líquida do Estado.

O Executivo não facultou ao órgão inspetivo as previsões de crescimento da despesa para os próximos quatro anos - o período de ajustamento mínimo para os países em infração dos níveis de défice e de dívida pública (sendo este último o caso de Portugal, com um rácio muito superior aos 60% do produto interno bruto) - nem a chamada trajetória de referência comunicada por Bruxelas aos países no verão, uma estimativa técnica de quanto a despesa pode crescer a cada ano sem fazer perigar a sustentabilidade das contas públicas.

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