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Contas Públicas

Da nacionalização à reprivatização, tudo correu mal na Efacec: "Estado teve de pagar para vender a empresa”

A Efacec é agora controlada pelo grupo alemão Mutares
A Efacec é agora controlada pelo grupo alemão Mutares
Rui Duarte Silva

Parlamento pediu uma auditoria à Efacec, e o Tribunal de Contas acaba de responder: a nacionalização foi feita sem justificação, os objetivos ficaram por cumprir, a vida na esfera do Estado foi feita sem controlo significativo e a venda à Mutares teve fragilidades (“o Estado teve de pagar para vender a empresa”). As contas públicas ainda estão ameaçadas: a fatura pode subir acima dos 500 milhões de euros e, mesmo que o Estado consiga recuperar o máximo esperado, há 99 milhões de euros que estão perdidos para sempre

Da nacionalização à reprivatização, tudo correu mal na Efacec: "Estado teve de pagar para vender a empresa”

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Da nacionalização à reprivatização, tudo correu mal na Efacec: "Estado teve de pagar para vender a empresa”

Isabel Vicente

Jornalista

É difícil encontrar um elogio ou uma consideração positiva do Tribunal de Contas à atuação do Estado na Efacec nos últimos anos. O tribunal, responsável por fiscalizar as contas públicas, divulgou a auditoria que fez à empresa de engenharia e deixa duras criticas à nacionalização, em 2020, e à reprivatização, que aconteceu em 2023 com a venda à alemã Mutares.

Realizado a pedido do Parlamento, o relatório da auditoria à Efacec aponta para encargos para os contribuintes que podem ultrapassar os 560 milhões de euros (para já, há 484 milhões comprometidos), e admite que, na melhor das hipóteses, o dinheiro recuperado nunca vai superar os 400 milhões de euros.

Esta auditoria, que critica diretamente as ações do Governo de António Costa e a empresa estatal Parpública, foi divulgada ainda no mandato de José Tavares, que termina dentro de duas semanas, quando tomar posse a sua substituta, Filipa Calvão.

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