Governo e oposição não se entendem sobre a polémica descida do IRS – que a oposição classifica de “dúbia”, “ludibriosa” e a maioria garante ter sido “transparente” - e continua sem chegar a acordo na forma como o imposto deve ser adicionalmente reduzido este ano. O Governo diz que “há chão comum e caminho” para uma proposta consensual, mas não abdica de descer as taxas de imposto em todos os escalões até ao penúltimo (ainda que o primeiro-ministro tenha colocado como fundamental o 6º escalão, sem falar nos seguintes), o PS riposta que a contraproposta que PSD e CDS entretanto fizeram também não vai ao encontro da necessária progressividade.
A prolongar-se o impasse, a redução do imposto poderá vir a ser sentida apenas em agosto ou setembro, admite já Joaquim Miranda Sarmento, que durante uma audição esta tarde na Assembleia da República evitou falar da ida a Bruxelas, onde ouviu o presidente do Eurogrupo e o comissário Europeu a garantir que, até ver, as contas públicas de Portugal estão de boa saúde.
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