Contas Públicas

Estado regista excedente orçamental ajustado de 7277 milhões de euros até setembro

Estado regista excedente orçamental ajustado de 7277 milhões de euros até setembro
TIAGO MIRANDA

Números divulgados esta terça-feira apresentam uma melhoria de 1657 milhões de euros relativamente ao período homólogo

O Estado registou um excedente orçamental ajustado de 7.277 milhões de euros até setembro, uma melhoria de 1.657 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, anunciou o Ministério das Finanças.

"As administrações públicas registaram, na ótica da contabilidade pública, um saldo orçamental ajustado de 7.227 milhões de euros até setembro", indicou, em comunicado, o Governo.

Os números divulgados esta terça-feira apresentam uma melhoria de 1.657 milhões de euros relativamente ao período homólogo.

Esta variação reflete uma melhoria de 8,5% na receita efetiva, sobretudo devido "à resiliência do mercado de trabalho" e um agravamento da despesa efetiva em 6,8%, que passa para 8,5% com o ajustamento do efeito das medidas covid-19 e do impacto do choque geopolítico.

Até setembro, o impacto das medidas associadas ao choque geopolítico fixou-se em 2.054 milhões de euros, sendo que 876 milhões de euros deste montante dizem respeito a medidas com impacto no lado da despesa, como o apoio ao setor agrícola, às famílias mais vulneráveis, crianças e jovens.

Do lado da receita, sobressai um impacto de 1.178 milhões de euros, onde se incluem as medidas para a redução de tributação sobre combustíveis e alimentos.

No período em análise, a receita fiscal cresceu 7,8%, influenciada pelo crescimento da receita de IRS (Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares) em 12,1%.

"A receita contributiva continua a espelhar as boas dinâmicas verificadas no mercado de trabalho, aumentando 11,2% face ao mesmo período do ano anterior", apontou o ministério tutelado por Fernando Medina.

Excluindo as medidas covid-19 e de mitigação do choque geopolítico, a despesa efetiva cresceu 8,5% e a despesa primária, sem os juros, progrediu 8,6% em relação ao mesmo período de 2022.

O aumento da despesa até setembro é justificado pelos salários, aquisição de bens e serviços, investimento e prestações sociais.

As despesas com o pessoal subiram 7,7%, refletindo as atualizações para os trabalhadores da administração pública, o impacto do aumento da remuneração mínima e do subsídio de refeição.

Por sua vez, a despesa com a aquisição de bens e serviços somou 4,8%, enquanto a despesa com investimento na administração central e Segurança Social cresceu 8,9%.

Já a despesa com as prestações sociais aumentou 17,7%, excluindo as pensões, medidas covid-19 e medidas extraordinárias de apoio às famílias e prestações de desemprego, refletindo, em grande medida, as valorizações remuneratórias e a atualização do IAS (Indexante dos Apoios Sociais).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate