O Governo já assinou o acordo com a FESAP e o STE, que representam os funcionários públicos. “Reconhecemos o mérito e o esforço negocional do Governo” para antecipar a criação da nova carreira de técnico superior, sublinhou José Abraão, presidente da FESAP, lembrando ainda o “esforço” para subir os salários dos assistentes operacionais das escolas (via salário mínimo) e também os salários médios de forma geral.
Além disso, Abraão congratulou-se pela revisão da carreira dos polícias municipais, que terão um aumento salarial de 20% além das subidas já previstas, pela revisão das carreiras de informáticos, e também pela criação da carreira de técnico auxiliar de saúde.
Com as alterações acordadas no sistema de avaliação dos funcionários públicos, “vão haver mais trabalhadores que poderão chegar ao topo de carreiras”, considerou o responsável sindical. “Esperamos que este crescimento possa ser continuado” no próximo Governo, concluiu.
“O valor da negociação colectiva em democracia é muito importante", afirmou por sua vez Helena Rodrigues, da STE, na cerimónia no Palácio de São Bento.
Sublinhando a importância da “motivação” nas carreiras gerais da AP, António Costa lembrou que “só teremos melhor educação, saúde e segurança se tivermos um corpo central do Estado que seja capaz de pensar o Estado no seu conjunto.”
Falando para os cidadãos que estão a pensar candidatar-se à AP, o primeiro-ministro assegurou que é cada vez mais possível “ter uma carreira com realização profissional” dentro do Estado.
Para Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência e com a tutela da função pública, o acordo com os técnicos do Estado é mais um passo do Governo para melhorar as “qualificações” dos quadros estatais – tanto dos que já as têm, como as dos que vão voltar a estudar.
A Frente Comum, que também representa funcionários do Estado, não foi convidada para a assinatura do acordo.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: tsoares@expresso.impresa.pt / tiago.g.soares24@gmail.com