O Banco Central Europeu (BCE) voltou a não mexer nos juros esta quinta-feira, tal como já o fizera na reunião anterior a 24 de julho. Os juros de referência mantêm-se em 2% e a política de “esperar para ver” continua com as decisões de política monetária a serem tomadas em cada reunião, sem nenhum sinal de antecipação a transparecer.
A decisão voltou a ser por unanimidade, unindo ‘falcões’, ‘pombas’ e ‘centristas’, onde se incluem Christine Lagarde, a presidente, Luis de Guindos, o vice-presidente, e o economista-chefe Philip Lane.
Esta foi a última reunião em que participou Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal, tido como uma das ‘pombas’ mais destacadas e que viu o mandato terminar em agosto. O governo de Luís Montenegro já indicou Álvaro Santos Pereira para a cadeira onde se sentou Centeno, mas a audiência na Assembleia da República para ouvir o ex-economista-chefe da OCDE e ex-ministro da Economia no governo de Passos Coelho só está prevista para 17 de setembro.
Os mercados de futuros dos juros do BCE não preveem nenhum corte até final do ano, o que vai contrastar com a alta probabilidade da Reserva Federal norte-americana em Washington optar por recomeçar a cortar nas taxas já na reunião da próxima semana a 17 de setembro, em que não mexe desde dezembro do ano passado.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt