Depois de um primeiro trimestre de disparo do défice comercial dos Estados Unidos com o mundo, o saldo negativo caiu em junho para 60,2 mil milhões de dólares, segundo os dados publicados esta terça-feira em Washington. ASEAN substituiu União Europeia e China como maior credor comercial
O défice comercial global dos Estados Unidos com o mundo caiu em junho para 60,2 mil milhões de dólares (52 mil milhões de euros, ao câmbio da altura), o saldo negativo mais baixo no primeiro semestre de 2025, segundo os dados publicados esta terça-feira pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) em Washington, DC. O BEA é o organismo de estatísticas para o comércio internacional e o crescimento económico.
Aquele défice global diz respeito às balanças de produtos, onde os EUA registam défice, e de serviços, onde a economia norte-americana tem excedentes com os seus parceiros comerciais.
Aparentemente, o quadro de tarifas (taxas alfandegárias) imposto por Donald Trump aos produtos importados pelos EUA, sobretudo a partir do início de abril, já estaria a fazer efeito. A média mensal de défice global em 2024 foi de 77 mil milhões de dólares (71 mil milhões de euros, ao câmbio médio do ano passado), pelo que, no segundo trimestre de 2025, o défice já estaria a fechar mensalmente abaixo dessa média no último ano do mandato de Joe Biden.
No entanto, esta dinâmica de redução do défice no segundo trimestre encobre um efeito Trump invertido nos primeiros três meses do ano. Os importadores norte-americanos anteciparam massivamente compras aos fornecedores estrangeiros antes de Trump ter anunciado o ‘Dia da Libertação’ com novas tarifas mínimas. Os défices mensais no primeiro trimestre foram superiores a 120 mil milhões de dólares.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt