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Banco central dos Estados Unidos volta a recusar pressão de Trump. Mas surgem dois dissidentes

Donald Trump e Jerome Powell
Donald Trump e Jerome Powell
Chip Somodevilla/Getty Images

A Reserva Federal (Fed) manteve os juros no intervalo entre 4,25% e 4,5%, mais do dobro da taxa vigente atualmente na zona euro. Mas deixou de haver unanimidade na decisão. Dois governadores votaram a favor de um corte nos juros. Foi a primeira vez em mais de três décadas

O banco central dos Estados Unidos não alterou as taxas de juro na reunião desta quinta-feira mantendo-as no intervalo entre 4,25% e 4,5%, mas a decisão de manter a atitude de esperar para ver deixou de ser unânime no seio da Reserva Federal (Fed).

Dois membros do conselho de governadores, Michelle W. Bowman e Christopher J. Waller, votaram a favor de um corte de 25 pontos-base já nesta reunião e uma outra governadora, Adriana D. Kugler, esteve ausente. A divergência de Bowman e Waller era esperada, pois já se haviam pronunciado publicamente no sentido de que era a altura de cortar os juros. “Houve dois votos contra na decisão — algo bastante raro — sendo necessário recuar a dezembro de 1993 durante o mandato de Alan Greenspan para encontrar uma situação semelhante [de dupla dissidência no conselho de governadores]”, refere-nos Ricardo Nunes, que trabalhou no sistema da Fed durante dez anos.

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