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Economia

Queda do primeiro trimestre puxa crescimento da economia portuguesa este ano para menos de 2%

Miranda Sarmento, ministro das Finanças
Miranda Sarmento, ministro das Finanças
TIAGO MIRANDA

O Instituto Nacional de Estatística confirmou a contração de 0,5% do produto interno bruto nos primeiros três meses deste ano face ao último trimestre de 2024 e esse lastro vai pesar na evolução da economia portuguesa em 2025. Últimas projeções de crescimento são já todas abaixo dos 2%, muito aquém da expetativa do Governo de 2,4%. Contração em cadeia da Formação Bruta de Capital Fixo faz soar alertas sobre o investimento

Queda do primeiro trimestre puxa crescimento da economia portuguesa este ano para menos de 2%

Sofia Miguel Rosa

Jornalista infográfica

Está confirmada a maior queda trimestral da economia portuguesa desde a crise pandémica. Há dias, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os dados detalhados das contas nacionais no primeiro trimestre deste ano, mantendo inalterados os números da estimativa rápida de final de abril sobre a evolução do produto interno bruto (PIB). O primeiro trimestre registou uma contração em cadeia de 0,5% (ou seja, em relação aos últimos três meses de 2024), e um forte abrandamento do crescimento em termos homólogos (isto é, comparando com o mesmo período do ano passado), para 1,6%.

São números que significam um lastro pesado para a evolução da economia portuguesa no conjunto de 2025. As projeções para o crescimento do PIB este ano mostram-no com clareza. Os últimos números ficam já abaixo da fasquia dos 2% e aquém dos 2,4% esperados pelo Ministério das Finanças. Num contexto de grande incerteza internacional, marcado pela guerra comercial, os riscos imperam. A contração em cadeia de 2,5% da Formação Bruta de Capital Fixo no primeiro trimestre (a segunda queda trimestral consecutiva) é um sinal de alerta sobre o investimento.

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