“Nem são tanto as tarifas (taxas alfandegárias) que estão a preocupar mais os membros do Fundo Monetário Internacional, mas a incerteza, temos de descer a incerteza”, disse Kristalina Georgieva, a diretora-geral da organização, na conferência de imprensa esta quinta-feira na sede da organização, em Washington DC.
A economista búlgara, que dirige uma organização com 191 membros, revelou que, esta semana, o que mais sentiu, entre os membros presentes nesta reunião de Primavera do Fundo, foi a ansiedade: “Estão ansiosos. É importante que tenhamos uma economia global com previsibilidade”.
Sem se referir, uma única vez, ao autor da incerteza e da imprevisibilidade atuais, a diretora-geral do FMI foi muito diplomática em relação às críticas muito duras feitas no dia anterior pelo secretário do Tesouro norte-americano Scott Bessent durante um fórum do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, Institute of International Finance) realizado, também, em Washington, a uns quarteirões da sede do Fundo. “Os Estados Unidos são o nosso maior acionista e é onde está a nossa sede. Valorizamos muito a voz dos EUA e esperamos discutir com eles e com os outros membros do Fundo [as questões levantadas]”, respondeu Georgieva.
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