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EUA e China cada vez mais irreconciliáveis: expectativa realista de acordo é ténue

Donald Trump em visita à China, em 2017
Donald Trump em visita à China, em 2017
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Economistas e analistas em diferentes pontos do mundo ouvidos pelo Expresso estão pessimistas depois do disparo nas tarifas bilaterais para mais de 100%. A confiança entre os dois lados colapsou.

“A sustentabilidade real de um qualquer acordo realista entre os Estados Unidos e a China é questionável. Os alicerces fundamentais de cada um são cada vez mais irreconciliáveis”, diz ao Expresso Jacob Gunter, um dos mais destacados analistas alemães de economia internacional do Mercator Institute for China Studies (MERICS) em Berlim. No outro lado do Atlântico, o norte-americano Robert Johnson, acha que “a relação é cada vez mais antagonista”. Este professor de economia internacional na Universidade de Notre Dame, no Indiana, avança que a troca comercial entre EUA e China mergulhou ”num modelo de negócio que deixou de ser lucrativo” com tarifas (taxas alfandegárias) de 145% no lado americano e de 125% no lado chinês. “Funcionalmente, esses níveis bloqueiam a maior parte das exportações de um lado para o outro”, acrescenta o académico, que avisa: “Não vejo como cada parte poderá dar o primeiro passo para voltar atrás por decisão unilateral. Qualquer acordo tem que salvar a face de ambos”.

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