“Pato-bravo”, “crise cambial” e “incompetência gigantesca”: fomos ouvir economistas sobre as tarifas de Trump e nenhum deles foi meigo

Economistas alertam para riscos da agressiva política de tarifas de Donald Trump
Economistas alertam para riscos da agressiva política de tarifas de Donald Trump
Editor Executivo
Quis o acaso que a primeira reunião dos economistas eméritos da Ordem dos Economistas (ver caixa) acontecesse na semana em que Donald Trump lançou um terramoto sobre a economia mundial. Não poderia haver melhor assunto. O tema era “Transformações na Economia Global: o futuro a curto e médio prazo e o papel dos Economistas”, mas foi a nova política de tarifas e o seu impacto na economia mundial que marcaram grande parte das intervenções. Donald Trump “é aquilo nós, portugueses, chamaríamos um pato-bravo”, um homem da construção civil, diz Luís Mira Amaral. O ex-ministro da Indústria de Cavaco Silva, com uma longa carreira no mundo empresarial, usa a imagem popular para sintetizar o comportamento do presidente dos EUA. Augusto Mateus, ex-professor do ISEG com uma passagem pelo Governo de Guterres como ministro da Economia, deixa o aviso: “Se não houver bom senso, vamos caminhar desta crise no comércio para uma crise cambial.” O impacto no dólar e no sistema cambial que preocupa o economista: estamos perante um grau de “incerteza e conflitualidade a que não estávamos habituados” há décadas.
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