A dívida mundial entrou num “novo paradigma”, alerta a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no relatório sobre a dívida mundial publicado esta quinta-feira em Paris.
Os países da OCDE e as empresas à escala global foram, em 2024, aos mercados financiar-se em 25 biliões de dólares (23 biliões de euros ao câmbio médio do ano passado), quase o triplo do endividamento que registaram em 2007, antes da crise financeira mundial, e mais do que em 2020 aquando da crise mundial provocada pela pandemia.
“Em relação ao período de 2015 a 2019, os governos e as empresas estão a endividar-se, desde então, em mais 10 biliões de dólares todos os anos”, refere o Global Debt Report 2025 publicado por aquela organização.
O conjunto do stock da divida pública dos 38 membros da OCDE e da dívida empresarial à escala mundial subiu para 100 biliões de dólares (92 biliões de euros) em 2024 e terá um ano crítico de amortizações daqui a dois anos.
O peso dos vencimentos de dívida em 2027 é avassalador: 45% da dívida pública dos membros da OCDE, 30% da dívida empresarial à escala mundial, 40% da dívida pública das economias emergentes e 50% da dívida pública das economias de baixo rendimento
O peso dos vencimentos em 2027 é avassalador: 45% da dívida pública dos membros da OCDE, 30% da dívida empresarial à escala mundial, 40% da dívida pública das economias emergentes e 50% da dívida pública das economias de baixo rendimento.
No caso de Portugal, a dívida pública a amortizar em obrigações do Tesouro em 2027 soma mais de 16 mil milhões de euros, acima do registado em 2024 e do previsto para 2025 e 2026. Os biliões referidos neste artigo equivalem aos triliões na designação inglesa usada pela OCDE.
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