Economia

Bancos portugueses alcançam lucros recorde por conta das comissões pagas pelos clientes

Bancos portugueses alcançam lucros recorde por conta das comissões pagas pelos clientes
Getty Images

CGD, BCP, Santander, BPI e Novo Banco tiveram em conjunto lucros recorde superiores a 4,9 mil milhões de euros em 2024, um aumento de 15% face a 2023, com as comissões a compensarem a descida da taxas de juro

Foram as comissões que compensaram a descida das taxas de juros na concessão de crédito que levou os cincos maiores bancos que operam em Portugal - CGD, BCP, Santander, BPI e Novo Banco -, a atingir um lucro recorde de quase cinco mil milhões de euros em 2024 um crescimento de 15% face a 2023, noticiou o “Público” este sábado. Recorde que já tinha sido batido também em 2023.

A banca conseguiu manter os ganhos elevados por via das comissões, mantendo também em níveis elevados a rentabilidade e a capitalização. As comissões subiram quase 5% para um valor próximo dos 2500 mil milhões de euros.

A maioria dos bancos rejeita ter aumentado as comissões, dizendo que esta subida se deve ao crescimento das receitas com a evolução do volume de negócios. Não obstante, o Novo Banco admite, no plano estratégico divulgado ao mercado no âmbito da sua venda, que para acomodar o impacto da descida das taxas de juro irão aumentar as "taxas e comissões". E o BCP explica que "o desempenho" das comissões líquidas" contribuiu de forma positiva para o resultado do banco.


Caixa foi quem mais lucro

Foi o banco público, a CGD, quem se destacou com o lucro mais elevado, no montante de 1,753 mil milhões de euros, e com o crescimento mais acentuado: 34%. O Novo Banco teve o lucro mais alto de sempre: 745 milhões de euros.

Segundo o Público a contribuir para os lucros esteve também a margem financeira (indicador que mede a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) que apesar de ter sofrido o impacto da descida das taxas de juro se manteve a níveis elevados.


A carteira de crédito dos cinco maiores bancos aumentou 5% para 223 mil milhões de euros, revelando uma boa evolução da atividade comercial. Crescimento acompanhado do lado dos depósitos que subiram 6,7% para 268 mil milhões de euros.

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