Diogo Lacerda Machado, ex-administrador da TAP e ex-advogado da macaense Geocapital, regressou ao Parlamento quase dois anos depois da sua intervenção na Comissão Parlamentar de Inquério (CPI) à TAP, para voltar a defender a compra da VEM, empresa de Engenharia e Manutenção do Brasil. Um negócio feito pela TAP em 2005 que teve um impacto negativo nas contas da transportadora de cerca de 900 milhões de euros até 2023, ano em que a operação foi fechada. Durante a sua intervenção defendeu ainda a privatização da TAP e rapidamente, mas com o Estado a ficar com 50% do capital.
Considerou ainda que não há nada de novo no relatório da Inspeção Geral das Finanças (IGF), com o qual diz não concordar. O relatório concluiu que “a racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, SA e, posteriormente, de não partilhar os riscos e encargos daquela participação com a Geocapital não foi demonstrada“.
Lacerda Machado, ouvido esta terça-feira no Parlamento, continua, sem qualquer hesitação a defender a compra da VEM, dizendo que “foi o melhor negócio que a TAP fez nos últimos 50 anos”. Recusa a paternidade da compra, remetendo-a para a administração da transportadora, liderada então pelo brasileiro Fernando Pinto. A TAP, salienta, "não seria o que é hoje", "a multinacional que é", sem esta aquisição, assegura.
"Foi o melhor investimento feito e decidido pela administração da TAP. E o mérito não é meu", sublinhou o ex-administrador da companhia, repetindo o que já tinha afirmado a 9 de maio de 2023 na CPI.
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