Crescimento “elevado, com leitura muito positiva”, “bastante acima do que esperávamos”, “notável”, “valores que surpreenderam pela positiva e que ficam consideravelmente acima do que era antecipado”. Estas são algumas expressões usadas pelos economistas ouvidos pelo Expresso para caracterizar a evolução da economia portuguesa no último trimestre de 2024. De facto, em relação aos três meses anteriores, o produto interno bruto (PIB) avançou ao ritmo mais rápido em quase três anos. Uma evolução com consequências na expansão do PIB no conjunto do ano passado - acima do esperado -, mas, sobretudo, no crescimento que a economia portuguesa deve conseguir alcançar este ano.
O efeito de arrastamento - carry-over, como é designado pelos economistas - da reta final de 2024 para o crescimento da economia portuguesa este ano é muito forte, levando a que os economistas considerem que uma expansão acima dos 2% está, desde já, assegurada. E já começaram a rever em altas as suas projeções de crescimento económico luso em 2025, apesar da fraqueza das maiores economias europeias, e da instabilidade geopolítica internacional, agravada pela poítica protecionista nos EUA, encetada pela Administração Trump.
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