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Após novo corte de juros, e contra a vontade de Trump, presidente do banco central dos Estados Unidos recusa demitir-se

Após novo corte de juros, e contra a vontade de Trump, presidente do banco central dos Estados Unidos recusa demitir-se
Drew Angerer/Getty Images

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), criou um facto político na quinta-feira ao dizer secamente que não se demite se houver pressões da futura Administração Trump. A Fed decidiu cortar os juros pela segunda vez, mas desta vez mais modestamente, em apenas 25 pontos-base. Mercados apontam para uma paragem dos cortes no próximo verão

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), o banco central norte-americano, decidiu na quinta-feira fazer um segundo corte nos juros, descendo a taxa diretora para o intervalo entre 4,5% e 4,75%. Foi uma descida mais modesta do que a de setembro, quando baixou meio ponto percentual. A decisão da Fed, tomada apenas dois dias depois das eleições presidenciais nos Estados Unidos, já era esperada, apesar de o candidato vencedor, Donald Trump, ter exigido, durante a campanha, que a Fed não mexesse nos juros para, alegadamente, não beneficiar a Administração Biden.

A decisão da Fed era esperada pelos mercados financeiros, pelo que a conferência de imprensa dada por Jerome Powell, o presidente do banco central, ficou marcada por um facto político na sequência de uma pergunta do site “Politico”. Questionado se se demitiria, se “ele [Trump] o instasse a sair”, Powell respondeu secamente que “não”. E insistiu, mais tarde, que o presidente na Casa Branca não tem poderes legais para demitir o presidente da Fed. Powell só termina o mandato em maio de 2026 e Trump já afirmou durante a campanha eleitoral que não o reconduzirá para um terceiro mandato.

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