Economia

"A EDP não teve nenhum ganho indevido com os CMEC", afirma CEO da EDP

Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.
Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.
Nuno Botelho

"A EDP ficou pior com os CMEC do que estava com os CAE, essa é a realidade", declarou o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, esta sexta-feira, na conferência com analistas sobre os resultados dos primeiros nove meses

"A EDP não teve nenhum ganho indevido com os CMEC", afirma CEO da EDP

Miguel Prado

Editor de Economia

"Quero ser muito claro: a EDP não é arguida nem parte no processo e a EDP não teve nenhum ganho económico ou financeiro indevido com a transição dos contratos de aquisição de energia (CAE) para os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC)", afirmou o presidente executivo (CEO) da EDP, Miguel Stilwell de Andrade.

Falando na apresentação de resultados trimestrais aos analistas do mercado, o gestor lembrou o processo no qual os seus ex-administradores António Mexia e João Manso Neto são acusados de corrupção ativa (com alegados benefícios para a EDP e para o antigo ministro Manuel Pinho), notando que a transição para os CMEC foi validada pela Comissão Europeia.

"Não tivemos nenhum benefício indevido. Aliás, desde 2012 a empresa tem tido vários cortes dos montantes a receber dos CMEC. A EDP ficou pior com os CMEC do que estava com os CAE, essa é a realidade", declarou Miguel Stilwell de Andrade esta sexta-feira.

O gestor indicou também que esses cortes ainda estão a ser objeto de disputas em tribunal, e classificou como "remoto" o risco de a EDP vir a ter de suportar encargos adicionais com os CMEC, pelo que não constituiu provisões adicionais sobre esta matéria nas suas contas.

A EDP fechou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 1083 milhões de euros, mais 14% em termos homólogos, e o segundo melhor registo de sempre para este período.

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