Economia

Inflação desce para 2,5% nos EUA e mercados apostam em três cortes de juros até final do ano

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos
Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos
Yuri Gripas/Reuters

A inflação norte-americana desceu em junho para 2,5%, segundo o índice avançado pelo Bureau of Economic Analysis esta sexta-feira em Washington DC. Abrandamento da subida de preços leva mercados a apostarem em cortes de juros consecutivos pela Reserva Federal em setembro, novembro e dezembro

A inflação nos Estados Unidos da América (EUA) abrandou ligeiramente para 2,5% em junho, segundo o índice PCE (Preços das despesas dos consumidores) avançado esta sexta-feira pelo Bureau of Economic Analysis. Depois de três meses consecutivos em 2,7%, a inflação abrandou para 2,6% em maio e desacelerou mais uma décima em junho. Esta variação de preços está medida em termos homólogos (ou seja, em relação ao mesmo mês do ano passado).

No entanto, a inflação subjacente (excluindo os preços na alimentação e na energia) manteve-se em 2,6%, sendo este indicador o de referência para a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), o banco central norte-americano, que se reúne a 31 de julho, na próxima semana. A inflação no sector dos serviços também se mantém elevada, tendo, contudo, abrandado ligeiramente de 4% em maio para 3,9% em junho.

Nos mercados de futuros reforçaram-se as probabilidades de três cortes consecutivos de juros pela Fed, liderada por Jerome Powell, a 18 de setembro, 7 de novembro (dois dias depois das eleições presidenciais) e 8 de dezembro, de acordo com o Fed Watch, do grupo CME. Em relação à reunião na próxima semana, o mercado de futuros continua a dar uma probabilidade de 90% para a manutenção dos juros no intervalo atual de 5,25% a 5,5%. Os mercados consideram que a Fed adiará a primeira decisão de corte de juros para setembro.

Em maio e junho, a inflação (medida pelo índice PCE) na economia norte-americana é idêntica à registada na zona euro. No sector dos serviços, a inflação continua a ser mais elevada na zona euro (4,1%).

A Fed dá mais importância à avaliação da trajetória do Índice PCE do que do outro índice de preços no consumidor (CPI), que é publicado por outro organismo, o Bureau of Labor Statistics. O CPI abrandou de 3,3% em maio para 3% em junho. Este índice é menos abrangente do que o PCE, pois só se refere à inflação nas zonas urbanas e não tem em conta os gastos de consumo feitos por entidades como seguradoras ou empregadores realizados em nome dos consumidores (como acontece no sector da saúde).

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