Economia

Novo aeroporto pode ficar pronto até 2030, diz Rosário Partidário, coordenadora da Comissão Técnica Independente

Novo aeroporto pode ficar pronto até 2030, diz Rosário Partidário, coordenadora da Comissão Técnica Independente
Matilde Fieschi

A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI) considera que é possível terminar a construção do novo aeroporto em Alcochete antes do final de 2030. Rosário Partidário acredita que o Mundial 2030 pode ser um pretexto para acelerar a obra

A coordenadora da CTI do novo aeroporto afirmou este sábado que é possível construir a nova infraestrutura aeroportuária no Campo de Tiro de Alcochete (CTA) antes do mundial de futebol de 2030, se houver um bom planeamento.

"Eu acho que sim, [que o novo aeroporto pode ser construído até 2030], sobretudo se chegarmos à conclusão de que o mundial é uma justificação suficiente para ter um [novo] aeroporto, para trazer os adeptos e as equipas a Portugal", disse Rosário Partidário.

"Portugal, em todas as grandes iniciativas que tem tido, tem sempre um fator de motivação muito forte. Ou é a Expo 98, ou são as Jornadas da Juventude. E, se calhar, é bom termos o mundial como uma justificação para ter uma infraestrutura destas preparada para receber a procura que, eventualmente, vai haver", acrescentou.

Rosário Partidário falava aos jornalistas depois de participar num encontro, promovido pela plataforma cívica contra a construção do novo aeroporto na Base Aérea do Montijo, para celebrar a decisão do Governo de construir o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete (CTA), que foi considerado a melhor opção pela CTI.

"É exequível [construir o novo aeroporto até 2030] se houver planeamento, organização e decisões rápidas", frisou Rosário Partidário.

No encontro realizado na Sociedade "Os Franceses", no Barreiro, no distrito de Setúbal, em que foi elogiada e homenageada pela plataforma cívica pela "qualidade e pela isenção" do trabalho realizado pela CTI, Rosário Partidário alertou também para a necessidade de se fazer "um plano diretor" para o novo aeroporto.

"Aquilo é uma infraestrutura que vai ter um impacto territorial muitíssimo grande, porque, obviamente, vai atrair muita procura do ponto de vista das indústrias, das empresas, serviços de infraestruturas, disto tudo. E, portanto, aquilo não pode acontecer ao acaso. Tem que haver um plano diretor, que, aliás, no projeto anterior já estava previsto", justificou.

"Tem sempre que haver um plano diretor quando há um investimento que vai provocar um impacto territorial muito grande. Tem que ser assim, não é uma coisa que seja sequer discutível ou debatível, porque está em causa, justamente, a forma como depois, quer a preservação dos valores naturais existentes, quer a futura organização daquele território, se vai desencadear", acrescentou.

Rosário Partidário considerou ainda que, se houver um bom planeamento, seja o planeamento diretor territorial, seja o planeamento da construção, envolvendo todos os atores que têm relevância para o desenvolvimento do projeto, o novo aeroporto “não vai levar muito tempo a construir".

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate