Economia

'Rating' de Portugal nos níveis 'A' resulta das políticas dos últimos anos, diz ministro das Finanças

'Rating' de Portugal nos níveis 'A' resulta das políticas dos últimos anos, diz ministro das Finanças
ANTÓNIO COTRIM/Lusa

"O sucesso da estratégia económica nacional é comprovado pelas sucessivas subidas de rating dos últimos meses por todas as agências, uma sequência que culmina agora na importante decisão da S&P", destacou Fernando Medina

O ministro das Finanças disse esta sexta-feira que a melhoria do 'rating' de Portugal para patamares 'A' em todas as agências resulta das políticas dos últimos anos e que o país poderá ter novas subidas se mantiver o rumo orçamental. "Este é o resultado das políticas adotadas nos últimos anos que, como a própria agência realça, garantiram o equilíbrio das contas públicas, uma descida significativa da dívida pública, contas externas positivas e capacidade acrescida de atração de investimento produtivo para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.

A Standard&Poor's (S&P) subiu hoje o 'rating' de Portugal de 'BBB+' para 'A-', passando a perspetiva para 'estável'. A decisão da S&P coloca Portugal com a notações de risco nos patamares "A" em todas as quatro principais agências de rating - S&P, Moody's, Fitch e DBRS-, pela primeira vez em 13 anos.

"O sucesso da estratégia económica nacional é comprovado pelas sucessivas subidas de rating dos últimos meses por todas as agências, uma sequência que culmina agora na importante decisão da S&P", destacou. Fernando Medina assinalou que "a agência não só colocou Portugal num dos patamares mais elevados de notação, como sinalizou que poderá em breve voltar a melhorar a sua avaliação". "Bastará para isso que o país mantenha o rumo que temos seguido", disse.

O titular da pasta das Finanças defendeu que "esta é uma decisão com impacto concreto" para o Estado, para as empresas e bancos e para as famílias: "Todos ficam mais protegidos dos atuais juros altos e suportarão custos de financiamento inferiores", considerou. Medina defendeu, assim, que "Portugal afirma-se como um dos países com melhor desempenho económico e orçamental na Europa".

Antes da intervenção da 'troika' em Portugal, em 2011, as quatro agências ainda classificavam a dívida soberana portuguesa nos níveis 'A', cortando drasticamente a avaliação depois do pedido de ajuda financeira. O país precisou de sete anos para deixar de ter 'ratings' "lixo", e agora, ao fim de 13 anos, a trajetória de redução do endividamento do país é a principal justificação para as agências colocarem o risco do país no patamar dos níveis 'A', permitindo um financiamento com custos mais baixos para a República.

A Fitch avalia atualmente a dívida soberana portuguesa em 'A-', com perspetiva estável, a DBRS em 'A', com perspetiva estável; e a Moody's em 'A3', com perspetiva estável. A próxima agência a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch, em 22 de março.

O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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