“O que dizem sobre mim é irrelevante”. Foi assim que Christine Lagarde reagiu às opiniões desfavoráveis que recebeu num inquérito interno aos funcionários do Banco Central Europeu (BCE) levado a cabo pela International and European Public Services Organization (IPSO). que representa os trabalhadores da instituição.
No levantamento, 50,6% dos inquiridos consideravam o desempenho da sua presidente como “fraco” ou “muito fraco", quando, num inquérito anterior no tempo da presidência de Mario Draghi, 75,5% consideravam o italiano com “bom”, “muito bom” ou “excecional”, revelou o portal Politico.
Mais de metade dos respondentes dizem ter dúvidas sobre se o BCE conseguirá trazer a inflação para o objetivo de 2%, e 59% garantem não ter confiança ou ter confiança muito baixa em relação à comissão executiva de quatro membros que acompanha Lagarde e o vice-presidente Luis de Guindos.
Os críticos do inquérito do IPSO apontam o facto dos respondentes terem sido apenas 1159 dos 4500 funcionários do BCE, uma amostra de apenas de 26%.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, a francesa contrapôs que o que lhe interessa são os resultados de inquéritos internos que dão 80% dos funcionários como satisfeitos em trabalharem no BCE e 90% que acham que trabalhar no banco tem associada uma “missão”.
“O que me faz continuar são essas respostas centrais”, acentuou Christine Lagarde, que, desde 1 de novembro de 2019, preside ao banco do euro, tendo atravessado forte contestação ao ter recusado aumentar os trabalhadores à inflação.
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