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Preço do transporte marítimo dispara 41% desde início de janeiro

Preço do transporte marítimo dispara 41% desde início de janeiro

O índice mundial do preço dos contentores fornecido pela consultora marítima Drewry subiu 41% desde 1 de janeiro. A culpa é da crise no Mar Vermelho e da seca no canal do Panamá. Na rota de Roterdão para Xangai disparou 79%. O Baltic Dry, um outro índice de referência, subiu 14,5% nas duas últimas sessões. A cotação das matérias-primas ligadas à energia subiu 2,6%

A crise no Mar Vermelho está a agravar o custo do transporte de mercadorias nas rotas que ligam a Europa à Ásia desde os primeiros ataques dos grupos hutis iemenitas à navegação mercante que passa pelo estreito de Bab-el-Mandeb. O preço dos contentores (de 40 pés) na rota entre Roterdão (Países Baixos) e Xangai (China) disparou 79% desde 1 de janeiro e, na rota de Xangai para Génova (Itália), aumentou 50% no mesmo período, segundo os dados semanais publicados a 18 de janeiro pela consultora Drewry. O índice Baltic Dry, que abrange as principais 20 rotas mercantes do mundo, disparou 15% nas duas últimas sessões da semana passada, depois de oito sessões a cair.

Por aquele estreito que liga o Índico ao Mar Vermelho, que dá acesso ao canal do Suez, e depois ao Mediterrâneo, transitavam, antes desta crise, 32% de petroleiros, 28% de porta-contentores e 26% de carga em granel global, de acordo com dados do portal PortWatch, uma parceria entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Universidade de Oxford no Reino Unido. Aquela rota tem sido crítica para o circuito do petróleo do Médio Oriente para a Europa e do crude russo para a Ásia, bem como para a exportação e importação por contentor e a granel da Ásia para o Mediterrâneo e vice-versa.

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